Rússia enviará naves espaciais para o Sol

Nova fase de estudos espaciais pretende auxiliar na compreensão dos mecanismos de interação entre o Sol e o nosso planeta, e entender como estes fatores afetam o clima da Terra.

Desde 1970 que os cientistas intentam enviar satélites espaciais para o estudo do Sol. Com o avanço da tecnologia este dia está ficando cada vez mais próximo, e existem atualmente três projetos em andamento para tornar real esse sonho que parecia tão distante. Dentre estes projetos, a Rússia pretende ser a pioneira na exploração da superfície solar.

 

A nova nave espacial que irá explorar o sol foi desenvolvida por engenheiros e cientistas da Academia de Ciências em conjunto com pesquisadores da Agência Espacial Russa e está em fase de conclusão. Até o final deste ano os coordenadores do estudo irão realizar testes preliminares a fim de ajustar detalhes da composição do equipamento e determinar sua aparência.
 

As pesquisas para a construção da nave de espionagem solar tiveram inicio em 2005. Ela está sendo desenvolvida para que tenha a capacidade de investigar a maior estrela do nosso sistema a uma distância bem pequena, algo em torno dos 40 raios solares. Quando lançada a nave levará consigo aproximadamente 17 instrumentos científicos para garantir uma análise precisa do Sol.
 

O início dos trabalhos da nave russa está marcado para 2015, mas até lá os engenheiros responsáveis pelo projeto precisam transpor alguns desafios. Primeiro, os equipamentos que a nave irá transportar não podem ter peso total superior a 120 quilos, e depois a nave necessita de uma blindagem térmica capaz de suportar temperaturas próximas aos 600° Celsius.

Os projetos concorrentes ao russo pertencem aos norte-americanos e europeus. Os Estados Unidos pretendem lançar o Solar Probe em 2018 e prometem explorar o sol a uma distância de 8,5 raios solares; já o Solar Obtiter, projeto europeu, deve ser lançado em 2017. Deste modo a Rússia tem grandes chances de ser a pioneira neste campo de estudo.