06 de Maio – Nasce o Criador da Teoria do Flogisto

1635 - Nasce Johann Joachim Becher Criador da Teoria do Flogisto


Economista e químico alemão nascido em Speyer, bispado de Speyer, que rebatizou os três princípios de Paracelso como as terras vítreas, gordurosas e fluidas e criou a famigerada Teoria do Flogisto, consolidado com Georg Ernst Stahl (1660-1734), só desmistificada com a "Revolução Química" do famoso e inditoso químico francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794). Autodidata, não cursou universidade, mas recebeu um M.D. da Universidade de Mainz (1661), na qual se tornou professor de medicina (1663).

Foi para Munique (1664) nomeado Hofmedicus e Mathematicus por Ferdinand Maria, da Bavária, que também equipou seu primeiro laboratório. Esteve em Viena (1666) e voltou à Bavária, nomeado pelo imperador Leopold I conselheiro comercial do Império (1666). Depois entrou para a Companhia das Índias da Alemanha (1669).

Esteve na cidade de Haarlem, na Holanda (1678) e seguiu para a Inglaterra (1679) a convite do Prince Rupert, para trabalhar na empresa de suas minas, em Cornwall. Publicou o livro Física subterrânea (1669) sobre os resultados de suas pesquisas com metais e minerais. Descreveu o processo de fermentação alcoólica (1682) e morreu em Londres.

O Flogístico
(Baseado no texto da página do SR2-UFRJ: PEÇA TEATRAL OXIGÊNIO)

 Defíne-se como flogisto ou flogístico, uma palavra que vem do grego e designa o princípio da inflamabilidade, o fluido imaginado pelos químicos do séc. XVIII para explicar a combustão, tendo em vista que naquela época se desconhecia o processamento da oxidação.

Segundo Stahl o flogisto seria aquilo que um corpo perde ao se inflamar e, conseqüentemente, todos os corpos combustíveis tinham flogisto. Por exemplo, o carvão seria muito rico em flogisto, uma vez que queimava quase sem deixar resíduo e, assim, poderia ser usado como fonte para regenerar o flogisto em um corpo que não o possuísse.

Para algumas reações a teoria dava explicações qualitativas muito convincentes, como no caso da oxidação de um metal, considerada, então, uma combustão muito lenta. Assim, para reduzir os óxidos metálicos aos metais originais, restabelecendo o flogisto que eles haviam perdido ao se oxidar, empregava-se o flogístico do carvão.

No entanto, como explicar o aumento de massa quando um metal se oxidava, se "teoricamente"ele estava perdendo flogisto? Ao insistir na resposta dessa incoerência, depois de muitos estudos e experimentos, Lavoisier concluiu que a combustão não implicava em perda de substância e sim, na transformação em novos compostos com a incorporação do oxigênio, o verdadeiro combustível.

Suas conclusões explicaram o mistério da combustão que intrigava o homem desde a descoberta do fogo, ao mesmo tempo em que encerrava o ciclo do flogístico como teoria da química científica.

Observe-se que o primeiro químico que provou que existia um gás essencial à combustão foi o químico inglês Joseph Priestly, enquanto que o químico francês descobriu e deu os nomes aos elementos oxigênio e o hidrogênio e formulou a teoria atualmente aceita sobre a combustão, base da aceleração do desenvolvimento de toda a química moderna, pois forneceram aos químicos a primeira compreensão sólida sobre a natureza das reações químicas.



1871 - Nasce Victor Grignard que desenvolveu um reagente à base de magnésio utilizado na síntese orgânica, o reagente de Grignard


Químico francês nascido em Cherbourg, professor da Universidade de Nancy (1909-1932) e um dos ganhadores do Nobel de Química (1912) pela descoberta do reagente de Grignard, empregado em seguida na síntese de muitos compostos orgânicos.


Ele freqüentou escolas locais (1883-1887) e ganhou uma bolsa de estudos (1889) na École Normale Spécial, em Cluny. Depois de dois anos, a escola foi fechado por causa de uma disputa de políticas metodológicas e ele e seus colegas foram transferidos para outros estabelecimentos para terminar os estudos.

Tentou entrar para a Faculté des Sciences, mas foi malsucedido no exame de licenciatura em matemática (1892) e ele resolveu seguir a carreira militar. Para o fim de ele foi Desmobilizado (1893) voltou a Lyon, também chamada de Lyons, capital do Rhône département, e graduou-se no Licencié ès Sciences Mathématiques (1894).

Aceitou (1894) trabalhar na Faculté des Sciences como auxiliar de Louis Bouveault. Depois foi promovido depois a pesquisador com Philippe Barbier. Ele obteve a graduação em Licencié-ès-Sciences Physiques, tornou-se (1898) chefe de práticas e escreveu seu primeiro paper, juntamente com Barbier.

Três anos depois ele submeteu sua brilhante tese em compostos orgânicos de magnésio,  Sur les Combinaisons organomagnésiennes mixtes (1901), obtendo o grau de Docteur ès Sciences, em Lyon.

Depois trabalhou na Universidade de Besançon (1905), voltou a Lyon (1906) e tornou-se professor adjunto da discipolina Chimie Générale (1908). Sucedeu (1909) Blaise no Departmento de Química Orgânica, em Nancy, e no ano seguinte tornou-se professor de química orgânica, em  Paris.

Durante a guerra visitou os USA (1917-1918) como representante químico do Tardieu Committee e Mellon Institute, e depois da guerra retornou à Nancy e sucedeu (1919) Barbier como Professor of General Chemistry, em Lyon.

Foi nomeado (1921) diretor da École de Chimie Industrielle de Lyon, tornando-se membro do Conselho da Universidade, e (1929) deão da Faculté des Sciences. Autor de mais de 170 publicações sobre suas pesquisas, seus principais livros foram os dois primeiros volumes de Traité de Chimie Organique (1935).

Além do Nobel, dividido com Paul Sabatier, francês da Universidade de Toulouse, ganhou muitos outros prêmios como o Cahours Prize do Institut de France (1901/1902) e o Prix Jecker (1912).

Foi nomeado Chevalier da Légion d'Honneur (1912), Officier (1920) e Commandeur (1933). Também foi Professor Honorário da Universidade de Nancy (1931), Doutor Honorário das Universidades de Bruxelas e Louvain, e Honorary Fellow da Chemical Society de Londres e membro estrangeiro da Academia Real Sueca de Ciências.

Casou (1910) com Augustine Marie Boulant e foi pai de um filho único, Roger, que seguiu a carreira do pai, e morreu em Lyon.

Fonte: Só Biografias, Lemoyne.

Pedro Lemos

Doutorando em química.

Química Básica - Tabela Periódica