27 de Abril – Nasce o inventor do nylon

1896 – Nasce Wallace Hume Carothers, inventor do nylon

Químico industrial norte-americano, nascido em Burlington, Iowa, de notáveis pesquisas no desenvolvimento das macromoléculas, os plásticos. Filho mais velho de um professor de Des Moines, iniciou o curso científico (1915) no Colégio Tarkio, no Missouri, onde se iniciou como professor de química.

Fez mestrado na Universidade de Illinois e onde obteve o doutorado (1924), permanecendo ali como professor. Metódico e sistemático, ele continuou ensinando em várias instituições enquanto desenvolvia seu doutorado na Universidade de Illinois. 

Foi trabalhar na Du Pont (1928), levado por Charles Stine, diretor de pesquisa e criador do programa de pesquisa fundamental da companhia. Stine o persuadiu a deixar a posição de professor em Harvard, comprometendo-se a agrupar em torno dele um grupo de colaboradores em nível de pós-doutorado.

Aceitou a proposta, encarregando-se de organizar a pesquisa da companhia em química orgânica. Na Du Pont chefiou uma equipe de pesquisadores na Estação Experimental de Wilmington que obteve resultados notáveis no desenvolvimento dos conhecimentos sobre as macromoléculas.

No campo prático foram sintetizados e patenteados o nylon e o neoprene (1937), produtos de larga utilidade comercial. Foi eleito diretor associado do Journal of the American Chenical Society (1929) e do Organic Synthesis (1930), as duas mais conceituadas publicações sobre química dos Estados Unidos.

Também foi eleito para a Academia de Ciências Norte-Americana (1936), tornando-se o primeiro químico dedicado a pesquisa industrial com esta distinção. Foi o responsável por mais de 50 patentes, mas em profunda depressão pela morte da mãe, suicidou-se em 29 de abril, em Philadelphia, Pa.

1913 – Nasce Philip Hauge Abelson, co-descobridor do Netúnio

Físico-químico estadunidense nascido em Tacoma, Washington, que demonstrou que os aminoácidos podem ser produzidos pela passagem de uma descarga elétrica por várias misturas de gases (1955).

Iniciou sua brilhante carreira como pesquisador depois de obter uma licenciatura em química e um mestrado em física na Washington State College e o Ph.D. em física nuclear da University of California, em Berkeley (1939).

Trabalhando com Ernest Lawrence, na University of California, Berkeley, e em colaboração com Edwin Mattison McMillan, experimentou bombardear urânio com nêutrons e descobriu um elemento novo, o netúnio, criando o primeiro elemento químico artificial da história (1940).

Elemento de número atômico 93, transurânico, radioativo, metálico, cujo núcleo desse átomo tem 93 prótons, um a mais que os 92 prótons do núcleo do urânio, o maior que existe. Os prótons são as partículas usadas na construção dos núcleos atômicos.

Em seguida participou no Projeto Manhattan e projetou um sistema para separar e concentrar Urânio 235, um passo essencial na produção do primeiro material, proveniente das instalações de Oak Ridge, em Tennessee, para a bomba atômica.

Dirigiu um grupo de trabalho que demonstrou a viabilidade de construção de um submarino nuclear. Passou a trabalhar no Manhattan Project, projeto de bomba atômica americana (1941), em métodos de difusão em desenvolvimento por obter enriquecimento do uranio-235, o principal combustível para a primeira bomba-A.

Foi nomeado o diretor da geofísica do laboratório da Carnegie Institution, WA (1953) e do qual seria presidente (1971). Demonstrou que se poderia produzir aminoácidos pela passagem de uma descarga elétrica por várias misturas de gases.

Mesmo formado como físico, deu uma importante contribuição para as ciências biológicas como autor de Studies of Biosynthesis in Eschericia coli (1963), onde demonstrou a grande utilidade do emprego de E. coli como modelo e ferramenta de investigação.

Portador de importantes honrarias científicas como a Waldo E. Smith Medal (1988) e a Public Welfare Medal (1992), viúvo da qualificada médica Neva Abelson (1910-2000) e pai da Doutora Ellen Abelson Cherniavsky, morreu em conseqüência de complicações respiratórias, em Bethesda, Maryland.

1959 – Nasce Andrew Z. Fire, nobel de medicina em 2006

Biologista e matemático a serviço da medicina estadunidense nascido em Palo Alto, Santa Clara County, California, da Stanford University School of Medicine, Stanford, California, USA, que dividiu o Nobel de Medicina (2006) com o compatriota Craig Mello, professor de biologia do Massachusetts Institute of Technology in Cambridge, Massachusetts, e professor de patologia e genética da University of Massachusetts Medical School, em Worcester, ambas nos USA, por suas descobertas sobre a forma de silenciar os genes que não funcionam corretamente, o que pode levar a novas terapias para combater doenças graves.

Precoce em sua carreira, entrou aos 19 anos começou seus estudos universitários em matemática na University of California, em Berkeley, concluindo em apenas três anos um programa de estudos que normalmente leva quatro.

Em seguida entrou no prestigioso Massachusetts Institute of Technology, o MIT,  para trabalhar no laboratório do professor Philip Sharp, um ganhador do Nobel de Medicina (1983) por suas pesquisas em genética, e concluiu seu doutorado em biologia aos 23 anos, defendendo uma dissertação em genética de adenovírus.

Deixou os Estados Unidos para se radicar em Cambridge, United Kingdom, onde colaborou com outro futuro Nobel de Medicina (2002), Sydney Brenner, um dos pais da biologia molecular. De volta aos USA, morou na região de Washington (1986-2003), onde trabalhou no Carnegie Institution of Washington, Department of Embryology, em Baltimore, Maryland, onde entre outras coisas preparou Ph.D. candidates e post-docs.

Voltou para a California (2003) e continuou suas pesquisas de medicina nos laboratórios do Department of Pathology and Genetics, Stanford University School of Medicine. Também tornou-se (2003) adjunct professor da Johns Hopkins University, em Baltimore.

Após uma série de pesquisas em profundidade executadas em colaboração com Craig Mello, no Instituto Carnegie de Washington, os dois cientistas publicaram seus trabalhos na revista científica britânica Nature (1998), os resultados de suas pesquisas sobre o ARN, ácido ribonucleico, que serve de intermediário na circulação da informação genética do DNA para as proteínas.

Os dois haviam descoberto um mecanismo denominado Interferência RNA, que permite bloquear a expressão de certos genes e foi esta pesquisa lhe valeu a consagração mundial com o Nobel de Medicina (2006).

Além do Nobel já recebeu muitas outras premiações, como o Maryland Distinguished Young Scientist (1997) e o National Academy of Sciences em Molecular Biology (2003), junto com o Dr Craig Mello.

1970 - Albert Ghiorso e colegas de trabalho, anunciaram a descoberta do elemento 105 (eventualmente chamado de Dúbnio, Db) produzidos bombardeando o califórnio-249 (249Cf) com nitrogênio-15 (15N).

Fonte: Só Biografias, Lemoyne

Pedro Lemos

Doutorando em química.

Química Básica - Tabela Periódica