22 de Abril - Primeiro uso moderno de armas químicas

1915 – Primeiro uso de armas químicas na modernidade

Há relatos do uso de armas químicas desde a Antiguidade. Os gregos usaram flechas envenenadas em suas guerras há mais de 2 mil anos. Mas foi na Primeira Guerra Mundial que as armas químicas foram usadas em larga escala. O cientista alemão Fritz Harber, ganhador do Prêmio Nobel de Química por suas pesquisas sobre a síntese da amônia, propôs, em 1915, o uso de gás cloro contra os inimigos. Sua idéia foi posta em prática na Batalha de Ypres, na Bélgica.

História: Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, o cientista alemão teve a idéia de usar gás cloro para obrigar as tropas inimigas a sair das trincheiras e aceitar o combate a céu aberto. Os alemães lançaram gás cloro no front perto da cidade belga. Foi uma devastação — 5 mil soldados franceses desprevenidos foram mortos e outros 10 mil ficaram feridos.


O que causa:  O cloro pertence ao grupo dos gases sufocantes, que irritam e ressecam as vias respiratórias. Para aliviar a irritação, o organismo segrega líquido nos pulmões, provocando um edema. A vítima morre literalmente afogada.

Tratamento:  Inalação de oxigênio úmido e intubação traqueal ou traqueostomia em pacientes com obstrução das vias aéreas ou hipoxemia grave.

1919 – Nasce Donald James Cram

Químico americano nascido em Chester, Vermont, que entrou para a University of California (1947), Los Angeles, CA, e ganhou um Prêmio Nobel de Química (1987), juntamente com francês Jean-Marie Lehn, da Université Louis Pasteur, Strasbourg, e do Collège de France, Paris, e o norueguês-americano Charles J. Pedersen, da Du Pont, Wilmington, DE, pela criação de moléculas artificiais para emprego no desenvolvimento de reações químicas de alta seletividade.

Filho de pai escocês, William, e mãe germânica, Joana, que haviam migrado de Ontario, Canada, para a região rural de Cheste, Vermont, USA, onde nasceu como o quarto filho do casal. Dois anos depois a família mudou-se para Brattleboro, Vermont, onde seu pai morreu de pneumonia (1923).

Praticamente um autodidata deixou a rasidência da família aos 16 anos em busca de melhores dias. Trabalhou  na National Biscuit Company in New York City (1938-1941) onde conheceu as pesquisas em salgadinhos de queijos no National Biscuit Laboratories e despertou seu interesse por química e foi incentivado pelo professor Dr. Guy Waddington, que o via com um grande potencial como pesquisador industrial.

Aceitou o convite University of Nebraska, onde obteve o MS (1942) com uma tese orientada pelo Dr. Norman O. Cromwell. Durante a guerra trabalhou para a Merck & Co., com o Dr. Max Tishler. e após seu término foi para a Harvard University (1945), trabalhar com o Professor L. F. Fieser, desenvolvendo seu Ph.D. terminado em oito meses.

Foi para a University of California, em Los Angeles (1947), onde permaneceu como pesquisador e (1985) tornou-se S. Winstein Professor of Chemistry.  Foi casado (1940-1968) com Jean Turner Cram, e depois com a Dra. Jane Maxwell Cram e morreu em Palm Desert, California.

Foi eleito para a National Academy of Science (1961) e cientista do ano na California (1974) e Chemistry Lecturer and Medalist of the Royal Institute of Chemistry, UK (1976). Foi também Honorary Doctor's da Sweden's Uppsala University (1977) e da University of Southern California (1983).

Fontes: Só Biografias, Portal São Francisco, Lemoyne.

Pedro Lemos

Doutorando em química.

Química Básica - Tabela Periódica